Meu pai está em minha casa, vivendo o pouco tempo que lhe resta antes de partir. Um tempo em que tentamos viver cada momento com muita delicadeza de sentimentos. Para ele, voltei a a ser a menininha que ele amou tanto e que o amava de volta.
Minha infância ao seu lado foi a melhor que uma criança pode desejar (embora houvessem problemas como em todas as famílias). Ele era viajante comercial e compensava cada ausência com um retorno triunfal. Nossa casa parecia dia festa, com presentes e abraços sem fim.
Recordo-me dele como um homem bonito que fazia um par perfeito ao lado de minha mãe, uma mulher também lindíssima. Milhões de lembranças povoam minha mente, entre elas a hora da barba, quando eu fingia me barbear junto com ele; os passeios no centro da cidade, quando ele me levava para lanchar; as surpresas na porta do colégio, quando ele chegava de viagem e tantas outras que me fazem sorrir ao pensar na criança que fui. Muito de minha capacidade de encontrar felicidade diante de pequenos fatos da vida vem desse tempo, do amor que ele me deu.
Feliz dia dos pais, querido!
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