A primeira vez que assisti seu programa tive, em relação a ela, um certo tom de crítica que eu mesma não entendi. Aquela mistura de conselhos, com a distribuição de presentes ao auditório e a seriedade de temas profundos me confundia. Mas, em pouco tempo comecei a enxergar além dos estereótipos e me rendi aos seus encantos. Passei a admirar (bastante) essa mulher que ousava falar em assuntos tabus com coragem e, na maioria das vezes, com imparcialidade.
Seus melhores programas foram aqueles em que ela conseguiu passar por cima de seus próprios sentimentos e abrir espaço para que o outro falasse, mesmo quando o que ouvíamos nos horrorizava. Nesses momentos seu enorme talento como apresentadora atingia o ponto máximo.
Considero Oprah uma pessoa admirável, uma vítima de abuso infantil que transformou a vergonha em coragem, uma jovem negra que transformou o preconceito em triunfo e uma mulher feia e gorda que transformou a discriminação em sucesso.
O maior exemplo que Oprah me deixou foi o seu comprometimento com o maior e mais ambicioso de todos os projetos - transformar a si mesma e cada um de nós em seres humanos melhores.
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